Dilma defende 20% das vagas de concursos públicos para negros
A presidente Dilma Rousseff, encaminhou para o Congresso Nacional o projeto de lei que determina a destinação de 20% das vagas de concursos públicos para negros. E o despacho presidencial ao Congresso está publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, dia 6.
O projeto de lei foi enviado em caráter de urgência constitucional, devendo ser votado com prazo de 45 dias na Câmara e no Senado. Caso a votação não seja realizada nesse período, a pauta da Casa ficará trancada e nenhuma outra proposta poderá ser votada em plenário.
A medida foi assinada pela presidente no dia 5 de novembro, durante a abertura da 3.ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. O projeto de lei visa ainda estimular a ampliação de normas semelhantes a partir dos Poderes Legislativo e Judiciário, além dos estados e municípios.
Na avaliação da presidente, as cotas permitirão reduzir a desigualdade racial no Brasil. “Nós não devemos ignorar que a cor da pele foi e infelizmente ainda é motivo de exclusão, de discriminação, de preconceito contra milhões de brasileiros. Para ser mais exata, preconceito contra mais da metade da população brasileira, que hoje se reconhece como afrodescendente”, afirma Dilma.
Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria
O governo
Dutra (1946-1950)
A Assembleia
Nacional Constituinte promulga nova Constituição em 1946. Foi instituída a
República presidencialista; Voto direto e universal. Três poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário. Mandato presidencial: 5 anos; senadores: 3 por Estado
(mandato de 8 anos); deputados: proporcionais ao número de eleitores (mandato
de 4 anos). Manteve-se um Executivo forte e o corporativismo sindical.
No governo Dutra
ocorreu o crescimento da dívida externa, devido à entrada do capital
estrangeiro no País, principalmente o norte-americano, e de empresas
estrangeiras, que passaram a concorrer com a produção nacional. A partir de
1947, as importações passaram a ser controladas, permitindo-se apenas a entrada
de produtos essenciais. Com o chamado Plano Salte. o governo passou a aplicar
recursos em saúde, alimentação, transporte e energia.
Na política
externa ocorreu a aproximação com os Estados Unidos, alinhando-se o Brasil com
o bloco capitalista, e rompimento de relações diplomáticas com a União
Soviética. Como reflexo da guerra fria (conflito entre Estados Unidos, bloco
capitalista, e União Soviética, bloco socialista), o PCB foi fechado e cassado
o mandato de seus parlamentares (1947).
Getúlio: outra vez
no poder (1950-1954)
Apesar de sua
deposição, Getúlio Vargas continuou tendo um grande prestígio. O apoio a Vargas
era dado por setores nacionalistas das Forças Armadas, facções oligárquicas
estaduais representadas no PSD, nova camada de tecnocratas do governo e massas
urbanas. Em 1950, Getúlio Vargas foi eleito para a presidência da República,
derrotando os candidatos da UDN (Eduardo Gomes) e do PSD (Cristiano Machado).
Em 1953: criação da Petrobrás (monopólio da extração e da refinação do petróleo
no Brasil). Essa medida gerou uma forte oposição ao seu governo, tanto por
parte dos Estados Unidos quanto da UDN, cujo porta-voz era o jornalista Carlos
Lacerda.
Em 5 de
agosto de 1954, ocorre no Rio de Janeiro um atentado contra Lacerda, no
qual foi morto um dos seus acompanhantes, o major Rubens Florentino
Vaz, sendo acusado do crime Gregório Fortunato, elemento da guarda pessoal de
Vargas. Após o crime da Rua Toneleiros, a situação tornou-se insustentável para
Vargas. Em 24 de agosto de 1954, o presidente suicidou-se.
Com a morte de
Getúlio. assumiu o poder o vice-presidente, João Café Filho. Durante seu
mandato, realizaram-se as eleições para o novo período presidencial, saindo
vitorioso o candidato do PSD, Juscelino Kubitschek de Oliveira. Em novembro,
Café Filho afastou-se do governo por motivos de saúde, assumindo, então, o
presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Devido à derrota nas eleições
presidenciais, alguns políticos udenistas passaram a advogar um golpe de Estado
que impedisse a posse do candidato eleito. O ministro da Guerra, Henrique Teixeira
Lott, defendeu a ordem constitucional e depôs Carlos Luz do cargo de presidente
do Senado. Em seu lugar assumiu Nereu Ramos, que permaneceu no poder até a
posse de Juscelino. em 31 de janeiro de 1956.
A política
desenvolvimentista nos anos JK (1956-1961) - Para
governar Juscelino Kubitscheck lançou um Plano de Metas, baseado em
investimentos em energia, transporte, alimentação, indústria de base e
educação, entrada de capital estrangeiro, importação de tecnologia, empréstimos
no exterior.
Grupos econômicos
norte-americanos, europeus e japoneses instalaram indústrias no Brasil. As
multinacionais aproveitavam a mão de obra abundante e a matéria-prima
disponível enviando os lucros para o país de origem. Foram construídas a
rodovia Belém-Brasília e as hidrelétricas de Furnas e de Três Marias, e
criou-se a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Para
financiar estes projetos houve grande emissão monetária, o que levou a altas
taxas inflacionárias.
Em seu governo, JK
adotou um programa desenvolvimentista ("50 anos em 5"), inflacionário
e rompeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Com isso a produção
industrial cresceu cerca de 80%, destacando-se a indústria automobilística na
região do ABC, no Estado de São Paulo.
A industrialização
ocasionou a migração em massa para o
Sudeste e Centro-Oeste do país. Com isso ocorre o aumento da pobreza e da
exclusão social, com novos desequilíbrios sociais se
configurando. A transferência da capital federal para Brasília,
foi a principal meta do governo JK, sua inauguração oficial foi em 21 de abril
de 1960.
Governo de Jânio
Quadros - Com a maior votação já dada a um
candidato até então foi eleito, para a sucessão de Juscelino, Jânio Quadros. A
divida brasileira ultrapassava a dois bilhões de dólares e deveria ser paga no
governo de Jânio, que iria até 1965. Jânio tentou uma política externa
independente e procurou combater a inflação, restringindo os créditos,
congelando os salários e incentivando as exportações.
A condecoração com
a Ordem do Cruzeiro do Sul do ministro das Relações Exteriores de Cuba, Ernesto
Che Guevara. um dos líderes da Revolução Cubana, foi mais um dos motivos para a
investida conservadora. Setores políticos de direita passaram a acusar o
presidente, destacando-se Carlos Lacerda. Jânio renunciou em 25 de agosto de
1961, alegando que "forças terríveis" o obrigavam a proceder dessa
forma. Seu plano era ser reconduzido à presidência e governar com mais poderes. Entretanto, seu
ato causou decepção no país, e ele não conseguiu seu objetivo.
Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares não aceitavam a posse do
vice-presidente, João Goulart. Mas a Campanha da Legalidade, liderada pelo
governador gaúcho Leonel Brizola, exige o cumprimento da Constituição, a qual
determinava que o vice-presidente, João Goulart, assumisse o cargo de
presidente.
As forças
conservadoras implantaram o Parlamentarismo para diminuir o poder de Jango. Em
janeiro de 1963, João Goulart realizou um plebiscito, em força do qual o Brasil
voltou a ter o regime presidencialista. Jango aproximava-se gradualmente das
correntes reformistas radicais (Leonel Brizola, Miguel Arraes e organizações
nacionalistas de esquerda) e preparava um Programa de Reformas de Base:
reformas agrária, universitária, eleitoral e urbana; nacionalização das
empresas estrangeiras e o controle do lucro remetido para o exterior e criação
do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
No comício de 13 de
março de 1964, em frente à estação da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o
presidente assinou publicamente dois decretos: a encampação de todas as
refinarias particulares de petróleo e a criação da Supra (Superintendência da
Reforma Agrária). A "Marcha da Família com Deus pela Liberdade" foi
organizada por setores conservadores da Igreja e do empresariado contra Jango.
Em 31 de março de 1964, um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos deu
inicio a uma nova ditadura no país.
ATIVIDADES
01. O período de 1946 a 1964 no
Brasil foi caracterizado por uma política que procurava se apoiar nos
trabalhadores, mas para beneficiar as classes dominantes. Como se chamou essa
política?
02. Em 1946, foi promulgada nova Constituição
para o Brasil. Cite algumas de suas características:
03. Do ponto de vista econômico, como se
caracterizou a governo Dutra?
04. Como se caracterizou a política externa
brasileira no governo Dutra?
05. Entende-se por guerra fria:
( ) Conflito entre países tropicais e países de clima
frio.
( ) Conflito entre Estados Unidos (bloco capitalista) e União
Soviética (bioco socialista).
( ) Conflito em que se desenvolveu grande tecnologia
armamentista, com armas de metal.
06. Como decorrência da ______ , em 1947 o
governo brasileiro fechou o ______ ( ___________) e cassou o _______ de seus
parlamentares.
07.Em 1945, Getúlio Vargas tinha sido deposto da
presidência da República. Entretanto, em 1950 ele voltou ao governo, desta vez
eleito por voto direto. Por que isso ocorreu ?
08. Durante seu governo populista, Getúlio
Vargas tomou uma medida que desagradou tanto aos Estados Unidos quanto a forças
políticas internas, representadas no partido UDN. Que medida foi essa?
09.Um outro fato desgastou enormemente a imagem
do presidente Vargas, levando ao fim de seu governo. Que fato foi esse?
10. O que fez Getúlio Vargas por causa da grande
oposição a seu governo, em 1954?
11. Quem assumiu o governo depois da morte de
Getúlio?
12. Quando ocorreram novas eleições presidenciais
após a morte de Vargas, quem foi eleito?
13. Coloque F para falso e V para verdadeiro:
( ) Quando Getúlio morreu, alguns setores udenistas passaram a defender
um golpe de Estado.
( ) O ministro da Guerra, Marechal Lott, defendeu a Constituição e
garantiu a democracia no País.
( ) Antes de Juscelino Kubitscheck assumir a Presidência, o Brasil foi
governado por Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos.
( ) Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda pertenciam ao mesmo partido
político.
14. Coloque F para falso e V para verdadeiro:
Foram características do governo JK (Juscelino Kubitscheck), que presidiu
o Brasil de 1956 a 1961:
( ) Controle do processo inflacionário e estabilização
monetária.
( ) Grande crescimento industrial, destacando-se a indústria
automobilística.
( ) Criação da SUDENE, da rodovia Belém-Brasília e das
hidrelétricas de Furnas e Três Marias.
( ) Transferência da capital para o Rio de
Janeiro.
( ) Programa desenvolvimentista, com o slogan "50
anos em 5".
15. Comente uma consequência negativa da
industrialização no período JK.
16. Quem idealizou Brasília?
17. Um dos destaques do governo JK foi a
elaboração do Plano de Metas. Esse plano tinha por objetivo grandes
investimentos nas áreas de _______, ________, ________, _______ e ________.
18. Quem foi eleito para suceder Juscelino? O
que se destacou na sua votação?
19. Como estava o Brasil quando Jânio Quadros
assumiu o governo?
20. Cite algumas medidas de Jânio Quadros quando
foi presidente do Brasil.
21. Como terminou o governo de Jânio Quadros?
Qual era a sua intenção ao renunciar ao governo? Ele conseguiu atingir seu
propósito?
22. Após a renúncia de Jânio Quadros, o governo
foi exercido por:
24.Como se caracterizou o governo de João
Goulart?
25. A reação conservadora contra o governo João
Goulart tornou-se mais forte depois do comício de ____________, em frente à
estação da ____________, no Rio de Janeiro. Nele o presidente assinou
publicamente dois decretos: _____________ e ______________.
26. Contra Jango, o empresariado e os setores
conservadores da Igreja organizaram a _________________________.
27 Como terminou o governo de João Goulart? Referências: Boulos Junior, Alfredo História e Cidadania-Edição reformulada, 9º ano/ Alfredo Boulos Junior. ed.-São Paulo: FTD, 2012. http://www.youtube.com/watch?v=Jzgje3rRl54
Olá pessoal, segue um material de apoio composto por textos, videos e questões para complementar o livro didático nas atividades que estamos trabalhando. As questões deverão ser respondidas conforme orientações em sala de aula. Divirtam-se!
Revolução de 1930 e
Era Vargas
No ano de
1930, ocorrem grandes mudanças no Brasil. O presidente Washington Luís foi
deposto por uma revolução liderada por Getúlio Vargas, que pós fim à República
Velha e deu início à chamada Era Vargas. A campanha eleitoral para a sucessão
do presidente Washington Luís provocou a divisão da oligarquia dominante e foi
o estopim da revolução que derrubou a República Velha. Washington Luís, ligado
à oligarquia de São Paulo, indicou como sucessor o paulista Júlio Prestes, que
garantiria a continuidade da política de valorização do café.
Os mineiros,
que esperavam a indicação de Antonio Carlos, presidente de Minas Gerais (na
época, o dirigente do Estado não se chamava governador, mas sim presidente),
romperam sua aliança com São Paulo. E, com o Rio Grande do Sul e a Paraíba,
criaram um novo partido, a Aliança Liberal, que lançou a candidatura de Getúlio
Vargas, ex-ministro da Fazenda e presidente do Rio Grande do Sul. O candidato a
vice-presidente era o paraibano João Pessoa. A Aliança Liberal concentrou suas
forças nos grandes centros urbanos, buscando, assim, a adesão da burguesia
industrial, do operariado e dos líderes tenentistas. Em março de 1930, Júlio
Prestes foi declarado vencedor das eleições, mas a ala mais radical da
oposição, alegando fraude eleitoral, iniciou a organização de um movimento para
derrubar Washington Luís. Em julho do mesmo ano, o assassinato de João Pessoa,
no Recife, contribuiu para dar mais força à oposição. Tropas do Rio Grande do
Sul marcharam em direção ao Rio de Janeiro. No Nordeste, a rebelião teve à
frente Juarez Távora. O presidente Washington Luís foi deposto (24 de outubro).
Formou-se uma junta militar (Tasso Fragoso, Mena Barreto e Isaías de Noronha),
e, no dia 3 de novembro, Getúlio Vargas assumiu o poder.
Era Vargas
No decorrer dos
quinze anos em que governou o Brasil, Getúlio foi chefe do Governo Provisório (1930-1934);
presidente eleito por via indireta de um governo constitucional (1934-1937) e
ditador no Estado Novo (1937-1945).
O governo
provisório (1930-1934)
Com
a dissolução do Congresso Nacional, das Assembleias Estaduais e das Câmaras
Municipais, interventores foram nomeados para os Estados, com amplos poderes.
Criaram-se dois novos ministérios, o do Trabalho, Indústria e Comércio e o da
Educação e Saúde. Foi implantado rígido controle dos meios de comunicação e dos
sindicatos, que, para funcionar, precisavam da autorização do Ministério do
Trabalho. Foram aprovadas algumas leis trabalhistas: regulamentação do trabalho
feminino e infantil; descanso semanal remunerado; férias remuneradas; e jornada
de trabalho de oito horas diárias.
A Revolução
Constitucionalista de 1932
Com a Revolução de
1930, São Paulo perdeu sua hegemonia na política nacional, e até mesmo o
governo do Estado passou para o controle de Getúlio. Em 1932, tentando retomar
o poder, os paulistas desencadearam um movimento revolucionário.
Os Partidos
Democrático e Republicano Paulista se uniram, formando a Frente Única, que
exigia a autonomia política para São Paulo e a reconstitucionalização do País,
com a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, já que a revolução
havia declarado extinta a Constituição de 1891. Vargas marcou o dia para a
eleição dos membros da Assembleia Constituinte, mas a oligarquia paulista
continuou reagindo, pois queria controlar o poder e fazer uma política
efetivamente favorável ao café. Em uma das manifestações contra o governo,
foram mortos na cidade de São Paulo os estudantes Martins, Miragaia, Dráuzio e
Camargo, o que deu origem à sigla MMDC. Em 9 de julho eclodiu a Revolução
Constitucionalista. As forças paulistas foram comandadas pelo general Isidoro
Dias Lopes. Depois de cerca de três meses de revolução, os paulistas foram
derrotados pelas tropas federais.
A Constituição de
1934
Características
principais da Constituição de 1934:
_ Autonomia dos
Estados.
_ Mandato
presidencial de quatro anos, sendo o primeiro eleito por via indireta.
_ Voto universal
secreto, com direito de voto à mulher.
_ Salário mínimo,
jornada de oito horas de trabalho, descanso semanal e férias remuneradas.
_ Proibição do
trabalho de menores de 14 anos de idade; indenização por dispensas sem justa
causa.
_ Deputados
classistas.
Governo
Constitucional e Estado Novo
O governo
constitucional (1934-1937) - A
Assembleia Constituinte elegeu o presidente da República, e Getúlio foi
confirmado no cargo, agora como presidente constitucional. Surgem nesse período
duas correntes político-ideológico antagônicas: Ação Integralista Brasileira
(AIB), fascista, líder: Plínio Salgado. Aliança Nacional Libertadora (ANL),
marxista, liderada por Luís Carlos Prestes, chefe do Partido Comunista.
Em 1935, a ANL dá
início à Intentona Comunista, tentativa de tomar o poder e instalar o
socialismo. O movimento fracassou e os revolucionários se entregaram. Derrotada
a rebelião, o governo de Vargas deu início a uma feroz repressão política.
Usando a insurreição comunista como justificativa, Getúlio suspendeu a
Constituição de 1934, a mais liberal que o Brasil já tivera. Em 1937, às
vésperas das eleições presidenciais, sob o pretexto de proteger o Brasil das
ameaças totalitárias, Vargas deu um golpe de Estado, tornando-se ditador.
Estado Novo:
ditadura e trabalhismo
A
Constituição outorgada de 1937 legalizava a ditadura e a centralização do poder
nas mãos de Vargas. Nesse período, ocorreu a expansão industrial,
principalmente a indústria de base, e a retomada do crescimento das exportações
nacionais, devido à Segunda Guerra Mundial. Por isso, a maioria da classe
dominante apoiou a ditadura.
Também houve apoio
da classe média urbana, que, por ser conservadora, ficava tranqüila ante a
repressão aos comunistas e era beneficiada com a ampliação dos empregos. O alto
comando do Exército, por sua vez, participava das decisões governamentais nos
conselhos técnicos e, por isso, sustentou a ditadura.
Houve a
desorganização das camadas populares em decorrência da repressão policial e do
controle estatal dos sindicatos de trabalhadores, e, por outro lado, as leis
trabalhistas "ganharam" setores dos trabalhadores urbanos, que, por
isso, apoiaram Vargas. A propaganda nacional passou a ser controlada pelo
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Ocorreram também: a extinção dos
partidos políticos, censura da imprensa, dissolução do Congresso e nomeação de
interventores estaduais.
No plano
econômico, ocorreu a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e início das
pesquisas de petróleo, em Lobato, na Bahia.
Fim do Estado Novo
e a Redemocratização
A
entrada do Brasil na Segunda Guerra criou uma situação contraditória: o Brasil
lutava no exterior contra o fascismo, enquanto se mantinha, internamente num
regime ditatorial inspirado nesse mesmo fascismo. As relações do governo com as
Forças Armadas começaram a se deteriorar. As pressões externas, principalmente
dos EUA, também contribuíram para o fim da ditadura.
Vargas prometeu
eleições gerais, diminuiu a censura da imprensa e permitiu a volta dos partidos
políticos: PSD (Partido SocialDemocrático), criado
por Vargas, tinha sua base eleitoral na força dos interventores estaduais, nos
industriais, nos banqueiros e na aristocracia rural. UDN (União
Democrática Nacional), que congregava os opositores do regime
getulista, era também anticomunista e tinha como base eleitoral setores da classe
média, empresárias e certas camadas dos militares. Participavam Júlio Mesquita
Filho, Assis Chateaubriand, Armando de Salles Oliveira e o Brigadeiro Eduardo
Gomes. PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), era liderado
pelas burocracias sindicais, criadas pelo regime do Estado Novo. Idealizado por
Getúlio, tinha a finalidade de servir de anteparo entre os trabalhadores e o
Partido Comunista.
Em 1945, as Forças
Armadas, lideradas pelos generais Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra,
depuseram o ditador assumindo o governo José Linhares, presidente do Supremo
Tribunal Federal.
QUESTÕES:
01. No ano de 1930, ocorre uma grande mudança na
História do Brasil. Explique que mudança foi essa.
02. Quais as três fases do governo Vargas?
03. Analise a frase, “com a dissolução do
Congresso Nacional, das Assembleias Estaduais e das Câmaras Municipais,
interventores foram nomeados para os Estados, com amplos poderes,” e responda
se o governo provisório de Vargas era democrático ou não e justifique sua
resposta.
04. Cite algumas leis trabalhistas criadas logo
após a Revolução de 1930.
05. Sobre a Revolução Constitucionalista de
1932, responda resumidamente:
a) O que foi?
b) O que os revolucionários reivindicavam?
c) De onde surgiu a sigla MMDC, que passou a ser
símbolo da revolução de 1932?
d) Por que a oligarquia paulista continuou
lutando contra o governo, mesmo depois de Getúlio Vargas ter marcado a data
para a eleição da Assembléia Constituinte?
e) Como terminou?
06. Em 1934, uma nova Constituição foi promulgada
no Brasil. Cite algumas de suas características.
07. Por que Getúlio Vargas continuou governando
o Brasil depois de 1934?
08. Quais as forças políticas que surgiram no
Brasil no período de 1934 a 1937 e quais eram suas características e líderes?
09. Usando a Intentona Comunista como pretexto,
o que fez Getúlio Vargas em 1937?
10. Como se chamou o período em que Getúlio
Vargas governou o Brasil como ditador?
11. Por que apoiaram a ditadura de Vargas:
a) a classe dominante?
b) a classe média?
c) setores do operariado?
12. Havia liberdade sindical e política durante
o Estado Novo? Por quê?
13. Em 1937, Getúlio Vargas outorgou uma nova
Constituição para o Brasil, a qual legalizou ____ e centralizou
____.
14. No campo da economia, houve alguns destaques
durante o Estado Novo. Cite medidas do governo nessa área.
15. Qual o fator externo que acelerou o processo de
redemocratização no Brasil no fim do Estado Novo?
16. Quando Vargas permitiu a volta dos partidos
políticos, quais os que se formaram no final do Estado Novo?
17. Como terminou o Estado Novo?
18. A propaganda política e um recurso utilizado
pelos governos de todas os países. Que tipo de argumentos o governo usa para
convencer a população? Qual o objetivo? O governo deve fazer publicidade?
Justifique suas respostas.
19. Os sindicatos de trabalhadores devem ter
total liberdade para agir, inclusive para decretar greves quando acharem
necessário? Ou devem se submeter às regras do governo? Justifique
suas respostas.
20. O Estado brasileiro ainda deve interferir na
economia para dinamizar o crescimento econômico? Explique.
1. (Cesgranrio) A URSS transformou-se, após 1945, numa das potências mundiais, tanto no campo econômico como técnico. Um dos melhores exemplos dessa transformação é o:
a) desenvolvimento da política espacial, representada pela 1 viagem em torno da Terra por Gagarin.
b) desenvolvimento da indústria cinematográfica e das teorias em torno da fusão nuclear.
c) desenvolvimento da indústria automobilística e o incremento do sistema industrial privado.
d) crescimento do mercado interno, com o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo agrícola e aumento de salários.
e) crescimento da produção agrícola em função do fim da intervenção do Estado no setor e de técnicas administrativas americanas.
2. (Cesgranrio) No início da década de 60, o arsenal nuclear à disposição das grandes potências era suficiente para destruir a humanidade, caso fosse utilizado em uma situação de confronto. Ao assumir o governo, o Presidente Kennedy (1961-63) defendeu a substituição da política externa norte-americana de confronto por uma de entendimento com a URSS, cujo objetivo era o desarmamento gradual das duas superpotências. Esse programa do governo Kennedy foi conhecido como:
a) Doutrina Drago.
b) Doutrina Monroe.
c) Corolário Roosevelt
d) Nova Fronteira.
e) Política de Boa Vizinhança.
3. (Cesgranrio) Ao final da Segunda Guerra Mundial, a ruptura do acordo que unira os aliados vitoriosos gerou um ordenamento político internacional baseado na bipolaridade. Nesse contexto, crises políticas e tensões sociais desencadearam um processo de construção do socialismo em diversos países. Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre a construção do socialismo no mundo do pós-guerra:
a) Na Iugoslávia (1944-45), o regime comunista implantado pelo Marechal Tito submeteu-se à hegemonia política e econômica soviética, o que acarretou sua expulsão do movimento dos países não alinhados.
b) Na Tchecoslováquia (1946), o socialismo reformista, baseado na descentralização e liberalização do sistema frente ao modelo stalinista, retomado na política de Brejnev, foi interrompido pela repressão russa, encerrando a "Primavera de Praga".
c) Na China (1949), a revolução comunista derrubou o regime imperial e expulsou os invasores japoneses da Manchúria, reunindo os nacionalistas, os "senhores da guerra" e os comunistas maoístas em um governo de coalizão que instituiu uma república popular no país.
d) Na Coréia (1950-53), a intervenção militar norte-americana impediu o avanço das forças revolucionárias comunistas que ocupavam o norte do país, reunificando as duas Coréias sob a tutela do Conselho de Segurança da ONU.
e) Em Cuba (1959), a vitória dos revolucionários castristas foi favorecida pela promulgação da Emenda Platt no Senado americano, que regularizou o envio de armamentos aos guerrilheiros contrários à ditadura de Fulgêncio Batista.
4. (Cesgranrio) O fim da Guerra Fria, expresso na extinção da União Soviética, em 1991, acarretou um novo equilíbrio e o ordenamento das relações internacionais, que se caracteriza por um (a):
a) enfraquecimento dos movimentos nacionalistas regionais e das tendências de globalização na Europa ocidental.
b) declínio da liderança política internacional das superpotências em virtude da transferência do controle de seus arsenais nucleares para a Assembléia Geral da ONU.
c) revitalização das alianças militares estratégico-defensivas, conforme os pactos políticos da Europa central e do leste.
d) formação de megablocos político-econômicos que favoreceram a internacionalização dos fluxos de capitais, tais como a da Comunidade Européia e a do Nafta.
e) decadência econômica dos países da bacia do Pacífico que haviam mantido uma posição de neutralidade durante a Guerra Fria, tais como Cingapura e Malásia.
5. (Cesgranrio) Após a Segunda Guerra Mundial, consolidou-se uma ordem político-econômica internacional que expressou o(a):
a) conflito político e ideológico entre a União Soviética e os Estados Unidos.
b) supremacia política e militar da Europa Ocidental.
c) subordinação neocolonial dos países árabes e da América Latina.
d) liderança política mundial da China Comunista através de sua participação na ONU.
e) hegemonia econômica mundial das ex-nações imperialistas, tais como a Inglaterra e a França.
6. (Faap) Após a Segunda Guerra Mundial, a URSS estruturou um plano de cooperação política com os países do bloco oriental, criado, em 1947:
a) o Comecom
b) o Kominform
c) o Pacto de Varsóvia
d) o Plano Marshall
e) a Otan
7. (Fatec) "É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico normal no mundo, sem o que não pode haver estabilidade política nem garantia de paz."
(Plano Marshall 5. VI. 1947)
Esse plano
a) assegurava a penetração de capitais norte-americanos no continente europeu, sobretudo em sua parte oriental.
b) garantia, aos norte-americanos, o retorno a uma política isolacionista, voltada unicamente para os seus interesses internos.
c) pretendia deter as ameaças soviéticas sobre os países do Oriente Médio, cuja produção de petróleo era vital para as economias ocidentais.
d) era um instrumento decisivo na luta contra o avanço do comunismo na Europa arrasada pelo pós-guerra.
e) representava uma tomada da tradicional política da "boa vizinhança" dos EUA em relação à América Latina.
8. (Fgv) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a implementar um projeto de reconstrução da Europa denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir NÃO é uma causa desse plano:
a) o temor trazido pela criação do Mercado Comum Europeu (MCE);
b) o deslocamento do controle do capitalismo da Europa para os EUA e sua crescente influência sobre os países europeus;
c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos para pagar o seu principal credor, os EUA, que lhe forneceram desde alimentos até materiais bélicos durante a II Guerra Mundial;
d) a necessidade de se reconstruírem as cidades e de recuperarem a indústria e a agropecuária européia, devastadas durante a II Grande Guerra;
e) o interesse que os Estados Unidos tinham em fortalecer a ordem capitalista na Europa Ocidental e, assim, impedir a expansão do socialismo no continente.
9. Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética, não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS.
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996)
O período citado no texto e conhecido por “Guerra Fria” pode ser definido como aquele momento histórico em que houve
a) corrida armamentista entre as potências imperialistas européias ocasionando a Primeira Guerra Mundial. b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte. c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista / União Soviética Stalinista, durante os anos 30. d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão. e) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.
10. (Mackenzie)
I- "A OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, vai começar sua expansão para o Leste Europeu até junho de 1997.
A afirmação foi feita à Folha (...) pelo secretário-geral da entidade (...) e se refere à data na qual ele pretende que seja feito o convite oficial a novos membros para a Aliança Militar (...)
Os 'parceiros' (...) sairão da Parceria para a Paz, acordo militar entre 27 países da OTAN, Leste Europeu e Ásia, lançado em 1994. A Polônia é favorita."
("Folha de São Paulo")
II- "Mais de 900 militares americanos (...) foram mantidos como prisioneiros na Coréia do Norte, após o fim da Guerra da Coréia (...) muitos dos prisioneiros foram submetidos a experiências com drogas e depois executados.
As experiências, para determinar a ação das drogas em interrogatórios, foram conduzidas por agentes Tchecoslovácos e Soviéticos."
("O Estado de São Paulo")
III- "O Vaticano não comentou ontem, alegações de que o Papa João Paulo II e o governo dos E.U.A. (CIA), trabalhavam juntos em segredo na década de 80, para apressar o fim do comunismo na Polônia.
A aliança informal entre os E.U.A. e o Vaticano inclui corte de verbas do Governo Norte-Americano para programas de controle de natalidade no país e o silêncio do Papa quanto à instalação de mísseis na Europa Ocidental."
("Folha de São Paulo")
Dentre os textos anteriores, relacionam-se com a Guerra Fria:
a) somente I.
b) somente I e II.
c) I, II e III.
d) somente II e III.
e) somente I e III.
11. (Puccamp) "...inspirado por razões humanitárias e pela vontade de defender uma certa concepçãode vida ameaçada pelo comunismo, constitui também o meio mais eficaz de alargar e consolidar a influência norte-americana no mundo, um dos maiores instrumentos de sua expansão (...) tem por conseqüência imediata consolidar os dois blocos e aprofundar o abismo que separava o mundo comunista e o Ocidente..."
"...as partes estão de acordo em que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América do Norte deve ser considerado uma agressão contra todas; e, conseqüentemente, concordam que, se tal agressão ocorrer, cada uma delas (...) auxiliará a parte ou as partes assim agredidas (...)"
Os textos identificam, respectivamente,
a) a Doutrina Monroe e a Organização da Nações Unidas (ONU).
b) o Plano Marshall e a organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
c) o Pacto de Varsóvia e a Comunidade Econômica Européia (CEE).
d) o Pacto do Rio de Janeiro e o Conselho de Assistência Econômica Mútua (COMECON).
e) a Conferência do Cairo e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
12. (Puccamp) "A bipolarização do mundo, após a Segunda Guerra Mundial, apesar de ter se constituído na principal referência para as relações internacionais, não chegou a garantir um verdadeiro equilíbrio mundial. Nesse contexto consolidou-se a hegemonia internacional norte-americana". A esse respeito pode-se afirmar que na presidência de
a) Truman (1945 - 52), encerrou-se a política macarthista, o que possibilitou o fim da Guerra da Coréia e sua conseqüente unificação sob um protetorado norte-americano.
b) Eisenhower (1952 - 60), completou-se o sistema de segurança norte-americano, com a formação de diversos pactos militares contra os comunistas.
c) Kennedy (1960 - 63), desenvolvendo a "Aliança para o Progresso" encerrou-se a política de confronto com o mundo comunista, permitindo a retirada americana do conflito vietnamita.
d) Johnson (1963 - 68), a discussão da Doutrina Monroe consolidou-se as alianças políticas com os movimentos nacionalistas e o fim das intervenções militares na América Latina.
e) Nixon (1968 - 1974), a aproximação com os países comunistas foi dificultada pela negação da União Soviética em assinar o Tratado de Limitação de Armas Estratégicas, Salt-1.
13. (Puccamp) "A construção de uma nova ordem mundial, após a Segunda Guerra Mundial, contou com a participação da União Soviética, cuja importância estendeu-se até sua desintegração em 1991".
Sobre o período mencionado no texto, pode-se afirmar corretamente que
a) o desaparecimento de Joseph Stálin (1953), acompanhado da ascensão de Malenkov, conduziu a um recrudescimento da Guerra Fria, instigando a participação soviética em disputas por áreas como a Letônia e o Vietnã.
b) o Governo de Kruschev (1955-64) correspondeu a uma época de críticas às práticas políticas do Stalinismo e à negação, por parte da URSS, da inevitabilidade da Guerra com os países capitalistas do Ocidente.
c) a ruptura das relações entre os Partidos Comunistas da URSS e da China (1959) consagrou a liderança política internacional russa submetendo a China a seus interesses e autoridades.
d) a chegada de Brejnev ao poder favoreceu o estouro de um movimento de reformas liberalizantes, que reestruturam o Estado Soviético extinguindo a censura interna e abrindo o país aos estrangeiros.
e) a administração de Andropov (1982-84) provocou um endurecimento do regime com a volta das perseguições políticas, prisões em massa e a revitalização das forças armadas russas.
14. (Puccamp) "... foi um período em que a guerra era improvável, mas a paz era impossível. A paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os interesses de capitalistas e comunistas. Um sistema só poderia sobreviver à custa da destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição, que se acontecesse um conflito generalizado seria, com certeza, o último..."
O texto descreve uma problemática que, na história recente da humanidade,
a) identifica as tensões internacionais durante a Revolução Russa.
b) ilustra as relações americano-soviéticas durante a Guerra Fria.
c) caracteriza o panorama mundial durante a Guerra do Golfo Pérsico.
d) revela o perigo da corrida armamentista durante a Revolução Chinesa.
e) explica os movimentos pacifistas no Leste Europeu durante a Guerra do Vietnã.
15. (Uel) As mudanças no panorama internacional representadas pela vitória socialista de Mao-Tsé-tung na China, pela eclosão da Guerra da Coréia e pelas crescentes dificuldades no relacionamento com a URSS, repercutiram na forma de tratamento dispensada pelos Estados Unidos ao Japão. Este, de "inimigo vencido", passou a
a) atuar como o mais forte aliado da URSS naquela região.
b) ser a principal base de operações norte-americanas na Ásia.
c) competir com as forças econômicas alemãs e inglesas.
d) buscar o seu nível econômico de antes da Primeira Guerra Mundial.
e) menosprezar o "consenso" - política de participação de pessoal, que visa à integração do trabalhador no esquema da empresa capitalista.
16. (Ufes) Em agosto de 1961, na "Conferência Econômica e Social de Punta Del Este", o presidente John Kennedy apresentou aos países latino-americanos o projeto da "Aliança para o Progresso", o qual previa, em linhas gerais, o aperfeiçoamento e fortalecimento das instituições democráticas, mediante a autodeterminação dos povos, a aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos, a erradicação do analfabetismo e a garantia aos trabalhadores de uma justa remuneração e adequadas condições de trabalho. Situando a "Aliança para o Progresso" no contexto das relações internacionais vigentes no Pós-Guerra, constatamos que sua criação se deveu ao desejo do governo norte-americano de
a) bloquear a acentuada evasão de capitais latino-americanos, resultante da importação maciça de bens de consumo japoneses e das altas taxas de juros pagas aos países integrantes do "Pacto de Varsóvia" por conta dos empréstimos contraídos na década de 50.
b) conter o avanço dos movimentos revolucionários na América Latina, reafirmando assim a liderança exercida pelos EUA sobre o Continente, numa conjuntura de acirramento da Guerra Fria por conta da Revolução Cubana.
c) desviar, para a América Latina, parte dos investimentos previstos no "Plano Global de Descolonização Afro-Asiática", em virtude das revoluções socialistas de Angola e Moçambique, que tornaram a posição norte-americana na África insustentável.
d) impedir que a República Federal Alemã, país de orientação socialista, firmasse acordos com a finalidade de transplantar tecnologia nuclear para o Terceiro Mundo, a exemplo do que havia ocorrido no Brasil sob o governo JK.
e) reabilitar os acordos diplomáticos entre os EUA e os demais países latino-americanos, que haviam sido rompidos quando da invasão de Honduras e do Equador pelas tropas norte-americanas, fortalecendo assim a OEA.
17. (Ufmg) Sobre a geopolítica na conjuntura imediatamente pós Segunda Guerra, pode-se afirmar que
a) as áreas que não se envolveram, diretamente, no conflito conseguiram alcançar um amplo desenvolvimento econômico baseado em uma política de exportação.
b) as diversas formas de dominação colonial e de exploração que caracterizavam, historicamente, as relações entre o centro e a periferia foram mantidas.
c) os países aliados estabeleceram uma política de arrasamento dos países vencidos inviabilizando o crescimento mundial durante décadas.
d) os países vencidos se agruparam formando o bloco dos não-alinhados viabilizando, assim, sua recuperação uma vez que não foram levados em consideração pelos vencedores.
18. (Unirio) Assinale a opção que apresenta corretamente um evento que NÃO se relaciona com o processo de Distensão e Multipolaridade ocorrido nas relações internacionais a partir do início da década de 1970:
a) Entrada da China Comunista na ONU.
b) Assinatura dos tratados de limitação de armas estratégicas entre a União Soviética e os Estados Unidos.
c) Retirada das tropas norte-americanas do Vietnã.
d) Criação da Comunidade dos Estados Independentes.
e) Adoção da Política externa de "Coexistência Pacífica", coordenada por Henry Kissinger.
19. (Enem) Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda única européia. Leia a notícia destacada a seguir.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a partir de 1 de janeiro, é possivelmente a mais importante realização deste continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à reunificação das Alemanha, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da União Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade européia. A "Euroland", região abrangida por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhões de consumidores e responde por cerca de 20% do comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dólar a condição de moeda hegemônica.
(Gazeta Mercantil, 30/12/1998)
A matéria refere-se 'a " desmontagem das estruturas do passado" que pode ser entendida como
a) o fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em dois blocos ideológicos opostos.
b) a inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais, com o intuito de exercer o controle ideológico no mundo.
c) a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização ideológica da antiga URSS.
d) a confrontação dos modelos socialistas e capitalista para deter o processo de unificação das duas Alemanhas.
e) a prosperidade as economias capitalistas e socialistas, com o conseqüente fim da Guerra Fria entre EUA e a URSS.
20. (Fatec) A reconstrução econômica do Japão, acelerada após 1950, é explicada principalmente:
a) pelos progressos da agricultura, dirigida prioritariamente para a produção de matérias primas.
b) pela maciça aplicação de capitais na produção e pela mão-de-obra numerosa e barata.
c) pela facilidade de comércio com os países asiáticos graças à construção de numerosa frota.
1. (Mackenzie) "Cremos como verdades evidentes, por si próprias, que todos os homens nasceram iguais, que receberam do seu Criador alguns direitos inalienáveis; que entre esses direitos estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade; que é para assegurar esses direitos que os Governos foram instituídos..."
(Declaração de Independência dos EUA - 04.07.1776).
Esta declaração inspirou-se nos ideais do:
a) Neoliberalismo.
b) Absolutismo.
c) Iluminismo.
d) Positivismo.
e) Estoicismo.
2. (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.
3. (Cesgranrio) "A Conferência está de acordo em declarar que o colonialismo, em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
(DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril de 1955)
Após a Segunda Guerra Mundial, a dominação ocidental no continente asiático e no continente africano foi contestada por movimentos locais de confronto com as nações imperialistas, em prol da independência e da autodeterminação dos povos desses continentes. Dentre os fatores que possibilitaram o processo de descolonização afro-asiático, NÃO podemos apontar a(o):
a) influência da doutrina socialista, principalmente nas áreas coloniais que sofreram transformações revolucionárias, tais como o Vietnã e Angola.
b) transferência para as áreas coloniais de uma ideologia humanista e antinacionalista, expressa na organização doutrinária do Bloco dos Não-Alinhados.
c) deslocamento dos centros hegemônicos das decisões políticas internacionais da Europa para os EUA e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento das potências coloniais européias provocado por sua participação na Segunda Guerra Mundial.
e) fim do mito da inferioridade dos povos afro-asiáticos, em virtude das vitórias japonesas contra os ocidentais na guerra do Pacífico.
4. (Fatec) A descolonização do Oriente Médio enfrentou sérias dificuldades decorrentes, entre outras razões, das arbitrariedades cometidas na demarcação dos territórios de cada uma das novas nações. Esse procedimento, ao tentar solucionar os problemas dos ex-dominadores, dividiu grupos tradicionais, tirando-lhes regiões ricas ou estratégicas, colocando, com isso, os nascentes Estados em rivalidade permanente e levando, algumas vezes, ao surgimento de guerras como a Guerra dos Seis Dias (1967).
Esse conflito trouxe como principal problema para aquela região:
a) o boicote petrolífero determinado pela OPEP contra os países do Ocidente.
b) a guerra civil no Líbano após a queda de Nasser no Egito.
c) a ocupação por Israel de vários territórios árabes, principalmente a margem ocidental do rio Jordão.
d) a internacionalização de Jerusalém e a ocupação israelense em Golan.
e) o fechamento do Canal de Suez e a ocupação egípcia da região do Sinai.
5. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam sofrendo as conseqüências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a educação.
e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.
6. (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.
7. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo, uma vez que a dominação colonial européia se encerrou logo após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da maioria dos países africanos na economia mundial como fornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao continente, a espoliação imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação de micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formas de associação bem como de construir novas.
8. (Fuvest) As resistências à descolonização da Argélia derivaram essencialmente:
a) da reação de setores políticos conservadores na França, associados aos franceses que viviam na Argélia.
b) da pressão das grandes potências que temiam a implantação do fundamentalismo islâmico na região.
c) da iniciativa dos Estados Unidos que pressionaram a França a manter a colônia a qualquer preço.
d) da ação pessoal do general De Gaulle que se opunha aos projetos hegemônicos dos Estados Unidos.
e) da atitude da França que desejava expandir suas colônias, após a Segunda Guerra Mundial.
9. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao processo de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se explica
a) pela ausência de movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada no paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril de 1974.
10. (Fuvest) Na década de 1950, dois países islâmicos tomaram decisões importantes: em 1951, o governo iraniano de Mossadegh decreta a nacionalização do petróleo; em 1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia a nacionalização do canal de Suez. Esses fatos estão associados
a) às lutas dos países islâmicos para se livrarem da dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos países árabes contra o domínio militar norte-americano na região.
c) à política nacionalista do Irã e do Egito decorrente de uma concepção religiosa fundamentalista.
d) aos acordos dos países árabes com o bloco soviético, visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de um Estado unificado, controlado por religiosos islâmicos sunitas.
11. (Puc-rio) As lutas pela descolonização transformaram profundamente o mapa político mundial na segunda metade do século XX. As alternativas abaixo relacionam características importantes dos Estados nacionais surgidos na África e Ásia ao longo desse período, com EXCEÇÃO de uma. Qual?
a) A maioria dos novos Estados nacionais adotou sistemas políticos e modelos de governo ocidentais inspirados nas experiências de suas metrópoles.
b) Os Estados recém-constituídos conseguiram construir uma identidade política sólida, o que permitiu a organização do movimento dos países "não-alinhados", em Bandung, na Indonésia.
c) Na maioria dos novos países, coube ao Estado tomar para si as tarefas de modernização e crescimento econômico com o objetivo de promover o desenvolvimento nacional.
d) Nos países em que a independência se realizou por meio de revoluções sociais, os novos Estados tenderam para o modelo soviético.
e) Nos processos de independência conseguidos através de guerras contra as antigas metrópoles, os exércitos nacionais e suas lideranças acabaram por desempenhar um papel de destaque na política nacional dos novos Estados.
12. (Pucmg) Na segunda metade do século XX, após décadas de dominação européia, os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos Estados Africanos hoje, EXCETO:
a) o domínio exercido por uma elite africana em lugar do antigo dominador.
b) o falso desenvolvimento econômico realizado em proveito do capital externo.
c) a independência formal associada à manutenção do domínio de "tipo colonial".
d) a solidariedade dos povos negros em luta contra os resíduos da europeização.
e) a tendência autoritária e violenta dos pequenos Estados recém-formados.
13. (Pucsp) "A economia dos países africanos caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação, constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda, mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila Leite Hernandez. "A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro Edições, 2005, p. 615.
O fragmento caracteriza a atual situação geral dos países africanos que obtiveram sua independência na segunda metade do século XX. Sobre tal caracterização pode-se afirmar que:
a) deriva sobretudo da falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impede o desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos.
c) deriva sobretudo das dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não conseguiram romper totalmente, após a independência, com os sistemas econômicos, culturais e político-administrativos das antigas metrópoles.
d) é resultado exclusivo da globalização econômica, que submeteu as economias dos países pobres às dos países ricos, visando à exploração econômica direta e estabelecendo a hegemonia norte-americana sobre todo o planeta.
e) deriva sobretudo do desperdício provocado pelas guerras internas no continente africano, que tiveram sua origem no período anterior à colonização européia e se reacenderam em meio às lutas de independência e ao processo de formação nacional.
14. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros reinos existentes
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de guerras localizadas
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou direitos de conquista
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades
15. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa reinvidicação, expressa na Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados
a) na Carta das Nações Unidas e Declaração dos Direitos do Homem.
b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II.
c) na estratégia revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do Efeito Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.
16. (Ufrn) Em relação ao processo de descolonização afro-asiático, é correto afirmar:
a) As potências européias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram recursos na luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países condenavam o neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e americanos, que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na África e na Ásia.
d) As nações que optaram por guerra e luta armada foram as únicas que conquistaram independência e autonomia política frente à dominação dos países europeus.
17. (Ufv) O vasto império colonial português na África, cujas origens se encontram na expansão ultramarina no século XV, começou a ruir a partir da década de 50 do século XX, quando suas colônias iniciam as lutas pela independência. Esse processo estava associado ao fim do Imperialismo e do Colonialismo, com a emancipação das colônias européias na África e na Ásia. Dentre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO está diretamente associada ao fim do Imperialismo e do Colonialismo. afro-asiático:
a) A ampliação do poder econômico e político dos Estados Unidos e da União Soviética.
b) As transformações políticas, econômicas, sociais e ideológicas causadas pela Segunda Grande Guerra.
c) A ampliação dos movimentos de caráter nacionalista.
d) O declínio da hegemonia européia iniciado na Primeira Guerra Mundial.
e) As pressões da China comunista pela ampliação de sua área de influência na Ásia e na África ocidental.
18. (Unesp) A Inglaterra, detentora do mais rico e poderoso império marítimo, chegou ao auge de sua supremacia no Século XIX. A decadência do Império Britânico e o processo de descolonização nas colônias oriundas de povoamento inglês, relacionam-se com
a) a educação política veiculada pelos dominadores, procurando desenvolver a consciência antiimperialista dos dominados.
b) a transformação de alguns domínios em comunidades autônomas e iguais, não subordinadas umas às outras, embora unidas por uma fidelidade comum à Coroa Britânica e livremente associadas.
c) o controle administrativo direto das terras árabes, segundo fundamentos filantrópicos e zelo missionário.
d) o prolongado governo pela força e sem nenhum grau de autonomia dos domínios do Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
e) a transferência de tecnologia para os domínios da África e da Ásia, a fim de assegurar imediata independência econômica.
19. (Unirio) A descolonização do continente africano, a partir de 1950, libertou nações do imperialismo. Entretanto, não solucionou os problemas estruturais de diversos países do continente. Sobre os países africanos descolonizados, é correto afirmar-se que:
a) em Ruanda, ao processo de independência, conquistada em 1962, seguiu-se a criação de um governo de coalizão popular que, apoiado por investimentos ocidentais, extinguiu as rivalidades étnicas e as guerras tribais.
b) em Angola, a prolongada guerra civil após a independência, em 1975, provocou a intervenção da ONU no conflito, com a participação de soldados brasileiros, cujo objetivo é desarmar a guerrilha e auxiliar na reconstrução do país.
c) em Moçambique, que alcançou a independência em 1975, o movimento guerrilheiro de inspiração socialista FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), apoiado pela União Soviética, conquistou a gestão das regiões auríferas da Rodésia.
d) na Argélia, independente em 1962, após o fracasso das tentativas de estabelecimento da democracia com as recentes eleições, ocorreu o golpe de estado dos fundamentalistas muçulmanos.
e) na Namíbia, a fraqueza política e econômica dos governos posteriores à independência, ocorrida em 1990, facilitou a invasão militar, com a anexação de seu território pela África do Sul.
20. (Ufes) O presidente sul-africano ficou surpreso ao saber que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala uma só língua e se pratica o sincretismo religioso.
("O Globo" - 23/7/98)
O texto se refere à visita ao Brasil do presidente sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de "apartheid", que consistia no(a)
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros, impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do dialeto africano nas empresas estrangeiras.
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