domingo, 23 de agosto de 2015

Cultura afro-brasileira

Cultura afro-brasileira se manifesta na música, religião e culinária

Somente a partir do século XX, manifestações, rituais e costumes africanos começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais
O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente, na região Nordeste do Brasil.
Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados.
No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada.
Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.
Música
A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do País e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval.
Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta.
Capoeira
Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos.
Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes.
Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”.
A Capoeira é hoje Patrimônio Cultural Brasileiro e recebeu, em novembro de 2014, o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Religião
A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas.
Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos.
Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura.
As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20.
Culinária
Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo.
Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional. 
Fonte:
Portal Brasil

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Questões de história do Processo Seletivo Ensino Técnico - 1º semestre 2015 (CEFET-MG)


QUESTÃO 01 (CEFET-MG 2015)
“Avisa-se a qualquer pai de família, que precise de ama-de-leite para criar algum de seus filhos, especule bem, que não seja a crioula Maria Theodora, filha da criada Anastácia, (...) pois a dita ama costuma tomar pagamento adiantado, e depois mostra-se enfadada, levanta-se com seus amos e, quando os apanha descuidados, foge pela porta fora, deixando a criança sem leite, assim como fez pelas 11 horas da noite do dia 12 do corrente, em uma casa aonde estava criando: consta não parar em parte alguma”.
(Diário de Pernambuco, 14 de março de 1846).

Sobre o aviso publicado no Diário de Pernambuco, é incorreto concluir que:

a) o jornal era utilizado de forma igualitária pela sociedade como  veículo de debate.
b)  o espaço doméstico era marcado pelos conflitos decorrentes das  relações escravistas.
c)  o periódico funcionava como ferramenta pelos senhores para  denúncia de criadas insubmissas.
d) as exigências feitas pelos patrões para a ama de leite eram motivadas por suas desconfianças.

 QUESTÃO 02 (CEFET-MG 2015)
 “Ontem estive no East-End (bairro operário de Londres) e assisti a uma assembleia de desempregados. Ao ouvir ali discursos exaltados, cuja nota dominante era: pão! pão!, e ao refletir, de regresso a casa, sobre o que tinha ouvido, convenci-me, mais do que nunca, da importância do imperialismo... A ideia que acalento representa a solução do problema social: para salvar os 40 milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, nós, os políticos coloniais, devemos apoderar-nos de novos territórios; para eles enviaremos o excedente de população e neles encontraremos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. O império, sempre o tenho dito, é uma questão de estômago. Se quereis evitar a guerra civil, deveis tornar-vos imperialistas.”
Cecil Rhodes apud CATANI, Afrânio Mendes. O que é Imperialismo. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 36
Cecil Rhodes foi um personagem influente para a consolidação  do projeto imperialista britânico. Com base nesse texto, é correto  afirmar que:

a) a pressão exercida pelos sindicatos ingleses garantiu direitos aos  trabalhadores africanos.
b) a redução das fontes de matérias primas estagnou o processo de  industrialização britânico.
c) a expansão das grandes empresas em regiões africanas contou  com o apoio militar estatal.
d) a ampliação dos mercados consumidores conduziu a uma crise  industrial frente ao aumento da demanda.

QUESTÃO 03 (CEFET-MG 2015)
Entre 1920 e 1933, a produção, transporte e venda de bebidas  alcoólicas nos Estados Unidos foi proibida. Sobre a Lei Seca, não é correto afirmar que:

a) desestabilizou o mercado consolidado de jogos de azar.
b) resultou do caráter moralizante do  american way of life.
c) estimulou a formação de máfias especializadas no contrabando.
d) fomentou a criação de mecanismos estatais de controle da  criminalidade.

 QUESTÃO 04  (CEFET-MG 2015)
Em nenhum momento os protagonistas se enfrentaram diretamente, mas buscaram ampliar suas influências e conquistar  vantagem territorial em partes adjacentes do mundo, principalmente no Oriente Médio e África. A principal expressão externa da Guerra Fria não foram avanços e recuos, mas sim a acumulação e o refinamento dos meios pelos quais os dois lados tentavam intimidar-se mutuamente.
Fonte: CALVOCORESSI, Peter. A política mundial a partir de 1945 Porto Alegre: Penso, 2011. p. 20.
O período conhecido como Guerra Fria não foi caracterizado pela

a)corrida armamentista nas superpotências.
b)conflitos bélicos nos países desenvolvidos.
c)estratégias de influência nos países pobres.
d)disputa ideológica acirrada nos blocos rivais 

1-A                      2-C            3-A                4-B